Endometriose não é frescura.
É um problema real que atinge 1 em cada 10 mulheres e causa uma dor muitas vezes incapacitante. Para melhorar a qualidade de vida de tantas mulheres, escolhi me especializar em endometriose.
A endometriose é uma doença que envolve o endométrio, uma camada de tecido composto por glândulas e vasos sanguíneos que recobre a parte mais interna do útero. É o endométrio que se desprende da parede interna do útero para que ocorra a menstruação. Portanto, esse tecido endometrial sai junto com o sangue da menstruação. Além disso, o endométrio é o local onde o embrião se fixa quando chega dentro do útero vindo das trompas onde houve a fecundação do óvulo.
Essa doença é definida como a presença do endométrio (tecido igual ao endométrio) fora do útero. Ou seja, acontece o aparecimento e crescimento de um tipo de tecido igual ao endométrio fora do lugar onde este deveria estar. Então, esse endométrio que está fora do útero provoca todos os efeitos e sintomas relacionados à endometriose: uma doença que atinge 10% das mulheres entre os 15 e os 50 anos de idade.
Embriológica: Foi descrita no final do século XIX. Esta teoria propunha que a endometriose se originaria de remanescentes dos ductos de Wolff (Von Recklinghausen, 1885) ou remanescentes dos ductos de Müller (Thomas Cullen, 1896; Iwanhoff, 1898; Russell, 1899), que sofreriam processo de metaplasia transformando-se em tecido endometrial. Metaplasia celômica: Proposta
A endometriose é uma doença crônica que pode evoluir e apresentar diferentes sinais e sintomas. O quadro clínico varia bastante dependendo da severidade ou do grau da endometriose e dos órgãos envolvidos pela patologia.
Os principais sintomas da endometriose são:
Antes de entender os sintomas da endometriose, é importante saber o que é esta doença. É quando o endométrio, tecido que reveste o útero e descama durante a menstruação, surge em outros órgãos. Cerca de 10% de todas as mulheres no período reprodutivo (início das menstruações até a menopausa) têm
Existem dois tipos de tratamentos: clínicos e cirúrgicos
1. Tratamento clínico
O tratamento clínico da endometriose é realizado habitualmente com medicações que inibem a produção de hormônios (estrogênio) pelos ovários. As principais medicações utilizadas são os anticoncepcionais orais, o DIU medicado com progesterona, os análogos do GnRH e os inibidores da aromatase.
Apesar de serem úteis no tratamento dos sintomas da doença, estas medicações não tem atuação relevante no tratamento das lesões da endometriose.
2. Tratamento cirúrgico
Para tratar as lesões de endometriose, uma intervenção cirúrgica é necessária. O tratamento de primeira escolha da endometriose é a cirurgia com retirada das lesões superficiais e profundas e lise das aderências.
Geralmente, a abordagem cirúrgica mais recomendado é a videolaparoscopia ( técnica cirúrgica minimamente invasiva realizada por auxílio de uma endocâmera no abdômen) pois é menos traumática e permite recuperação mais rápida com retorno mais precoce às atividades. O tipo de cirurgia a ser realizada depende do local, tamanho e profundidade das lesões e também dos órgãos afetados.
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