12º Congresso Mundial de Endometriose — Dr. Frederico Correa

12º Congresso Mundial de Endometriose

05/05/2014
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Equipe do Centro de Excelência em Endometriose no 12º Congresso Mundial de Endometriose

Apesar de afetar em torno de 176 milhões de mulheres no mundo e 8 milhões no Brasil, a endometriose ainda é uma doença desconhecida. Segundo uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE), 53% das brasileiras não conhecem ou nunca ouviram falar da endometriose. Em contrapartida, entre as entrevistadas, 55% disseram apresentar algum sintoma da doença e 7% revelaram ter todos os principais sintomas – dor durante as relações sexuais, cólica menstrual intensa, alterações no hábito intestinal (diarreia ou obstipação) e dificuldade para engravidar.

Além da falta de conhecimento sobre a doença por parte das mulheres, a falta de campanhas de esclarecimento, acesso facilitado a exames, falta de treinamento de equipes de saúde e especialistas qualificados contribuem para a dificuldade no diagnóstico, que em alguns casos leva até 15 anos para acontecer. Por isso, o debate científico, as pesquisas, os estudos e o intercâmbio profissional são extremamente necessários para o tratamento, diagnóstico e qualidade de vida de cerca de 15% das mulheres em todo o mundo que são acometidas com a doença em algum momento de suas vidas.

Promover a troca de experiência clínica e científica para o avanço no combate à endometriose foi o objetivo do 12º Congresso Mundial de Endometriose, realizado do dia 30 de abril a 3 de maio, em São Paulo. Os mais renomados especialistas de todo o mundo se reuniram para debater, de forma ampla e profunda, os principais temas relacionados à doença. O encontro, que contou com mais  de 1400 congressistas e palestrantes, se consagrou como o maior evento científico já realizado sobre a endometriose.

Entre os destaques da programação, teve espaço para a importância do diagnóstico clínico e por exames de imagem como a ultrassonografia especializada e a ressonância magnética de pelve, e também a importância do diagnóstico precoce e do referenciamento da paciente para tratamento em centros especializados no tratamento da endometriose. Cabe explicar que as portadoras da doença devem preferencialmente ser tratadas em centros especializados e com equipe multidisciplinar para que tenham melhor resultado e aconselhamento, tanto em relação aos sintomas de dor, quanto à infertilidade.

Centro de Excelência em Endometriose no 12º Congresso Mundial de Endometriose

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Prof. Dr. Frederico Corrêa e Prof. Dr. Romulo de Almeida

A equipe do Centro de Excelência em Endometriose participou dos quatro dias de evento. Marcou presença nas mesas redondas e conferência. Além disso, o Prof. Dr. Frederico Corrêa, o Prof. Dr. Romulo Medeiros de Almeida e a Dra. Adriana Garrido apresentaram um trabalho escolhido pela comissão de temas livres para apresentação em pôster.

No trabalho, foi demonstrada uma correlação importante entre a presença de lesão de endometriose de retossigmoide com a presença de lesões de apêndice – pacientes com lesão de endometriose em retossigmoide tem 8,5 vezes mais chance de apresentarem endometriose de apêndice do que pacientes sem endometriose no retossigmoide.

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